A preparação e conservação temporária do cadáver
- No restauro da aparência natural do defunto
- Na prevenção do processo de decomposição e de todas as metamorfoses até ao último regresso as cinzas, consoante as santas Escrituras, Inglaterra e França assumem a Tanatopraxia, verificando-se o seu desenvolvimento generalizado após a II Guerra Mundial.
Em 1990 uma organização europeia E.C.T.A., foi criada com o fim de organizar técnicas e ensinamentos de Tanatopraxia.
Em 1991 a União Francesa de Tanatopraxia, agrupa todas as três principais escolas e forma os Tanatopractores na França, bem como as associações que trabalham no desenvolvimento das técnicas da Tanatopraxia.
Em 1993 a lei, que altera a organização dos funerais, classifica explicitamente os tratamentos de higiene de apresentação dos serviços funerários e prevê a criação de um diploma de Tanatopraxia.
A Tanatopraxia é uma completa desinfecção e conservação do cadáver.
O propósito prioritário da Tanatopraxia e a desinfecção, destruir uma vasta gama de microorganismos produtores de muitas doenças.
Também existe a possibilidade de organismos virulentos serem transmitidos a terceiros.
Com a aplicação da Tanatopraxia pode-se garantir nas normas internacionais o transporte do cadáver tendo sempre objetivo na preparação do cadáver para uma apropriada apresentação aos familiares.
• Não há contágio de doenças
• Não há odores
• Não há derrame de líquidos
• Recupera-se a cor natural e a aparência do cadáver
• Pode-se alongar o período de velório
• A transladação garantindo as normas internacionais
Por motivos práticos e teológicos, a preservação do cadáver é preocupação presente em quase todas as civilizações.
Embalsamar é a arte de preservar um corpo por um longo período para velórios com mais de 24 horas de duração. Embalsamamento é o nome dado ao tratamento de um corpo morto para esterilizá-lo ou protegê-lo da decomposição. Sua técnica, originada dos egípcios, utiliza a retirada de órgãos e a inserção de fluídos embalsamadores. É obrigatório para viagens aéreas nacionais e internacionais.
Seu princípio está na aplicação de um líquido conservante e desinfetante, que devolve a aparência natural do corpo, evitando extravasamento de líquidos, inchaço e garantindo um aspecto semelhante ao que apresentava em vida. Tem por objetivo, ainda, evitar a propagação de moléstias contagiosas e doenças para a comunidade, visto que com essa preparação o corpo recebe um tratamento especial com substâncias germicidas.
As diferenças fundamentais existentes entre Embalsamamento e Tanatopraxia são de: (1) ausência de evisceração (as vísceras são mantidas nas próprias cavidades), (2) metodologia (utilização de equipamentos modernos apropriados para injeção e aspiração) e (3) diferentes produtos químicos (testados cientificamente) empregados neste último processo.
Através da tanatopraxia, é possível realizar a restauração facial e do corpo em caso de acidente; permitir que a família possa permanecer mais tempo no velório; ou mesmo para que o corpo possa ser transportado a grandes distâncias para o enterro, bem como para cumprir com as determinações legais para o traslado.
O importante benefício social com a aplicação desta metodologia pode ser observado entre os tempos onde não se praticava a tanatopraxia e os dias de hoje. Na grande maioria das vezes, pode-se atender às necessidades dos familiares, como a preservação por um tempo mais prolongado de velório, em condições ambientais normais, sem a necessidade de um sistema de refrigeração.
O tempo mínimo para a preparação de um corpo com “causas mortis” natural varia de 60 a 90 minutos, dependendo de fatores intrínsecos e extrínsecos que acometeram o corpo, ou seja: aonde, como e quando aconteceu o óbito. Estas e outras variáveis existentes determinam o tempo de preparação, que pode se estender a aproximadamente 4 (quatro) horas para o completo processo de preservação corporal.
Amplamente difundida em todo Brasil, um exemplo recente da tanatopraxia foi realizada no corpo do Papa João Paulo II, permitindo que as homenagens ao pontífice pudessem ser realizadas por um longo período, conforme programado para essas ocasiões.
A Tanatopraxia, realizada em ambiente equipado apropriadamente (TANATÓRIO), é desenvolvida por técnicos habilitados e especialmente treinados (TANATOPRAXISTA). Para estar apto a desenvolver essa função, o profissional necessita de um curso técnico avançado, com aulas teóricas e práticas.
Níveis de Tanatopraxia*
• Nível 1: recomendada para corpos que serão velados por até 12 horas;
• Nível 2: recomendada para corpos que serão velados por até 24 horas e traslados intermunicipais;
• Nível 3: recomendada para corpos necropsiados (ITEP ou SVO) e para traslados interestaduais
• Nível 4: recomendada para corpos mandados para fora do País, que necessitam de dias, messes ou anos em perfeita conservação.
Cristiano Mello.'.